quinta-feira, agosto 30, 2007

[Cine] Série Paul Morrissey, parte V - Flesh




Por um problema de logística – esse era o único filme que não estava a venda na FNAC Barcelona – escrevo agora o último comentário das cinco películas analisadas pela dobradinha Paul Morrisey-Andy Warhol. “Flesh” deveria ser a primeira porque de fato foi a estréia do diretor como responsável geral por tudo o que a Factory produziria no âmbito cinematográfico, mas o filme estava esgotado e agora já sei o motivo.
“Flesh” é um prato cheio para o público gay. Relutei em usar esse epíteto mas depois de 90 minutos de película é incorruptível essa sensação. O nu masculino é prioritário, as atrizes não tiram a calcinha mas é interessante constatá-lo porque no final dos anos 60, a nudez feminina era a nudez estilizada. Filmado em 1967, o filme contém os mesmos elementos e personagens que seguiriam em “Trash” e em “Heat”. Vagabundos viciados pelas ruas de Nova Iorque em busca de sexo e heroína; travestis e anônimos em busca da fugaz felicidade que o universo mediático pode oferecer. Já estamos falando de mulheres que aderem ao uso do silicone , do culto ao corpo, da idealização da beleza masculina e da “imprensa rosa” que invade os meios de comunicação de massa; tudo é superficial, frívolo, de plástico. Feito há 40 anos atrás, “Flesh” parece que foi lançado ontem. Morrisey segue com um estilo quase documental, ultra-realista e com diálogos semi improvisados. Destaque para cena em que John Dallesandro recebe sexo oral de uma stripper em uma sala com duas travestis sentadas lendo revistas; elas se incomodam e perguntam se não sentem vergonha em fazê-lo na frente deles; ele respode: “Não. Porque os anjos também fazem”. A stripper quer botar silicone “porque todo mundo bota” e a dupla travestida replica: “Olhe para as estátuas gregas. Nenhuma delas tinha o peito de vaca e eram exuberantes.” “Se uma tivesse colocado,se destacaria”, resume a go-go girl. E para terminar, afirma que prefere trabalhar o corpo do que o cérebro, porque quanto mais se aprende, mais se deprime.
Com “Flesh” encerro o ciclo sobre Paul Morrissey /Andy Warhol.
Hasta la vista.

domingo, agosto 26, 2007

quinta-feira, agosto 23, 2007

[música /download] A Twist of Jobim - Vários doido



E pra ninguém falar que eu sou preconceituoso, mando um disco mais prayboy: música brasileira fazendo sucesso na gringa. Mando principalmente pela magistral versão de Stone Flower, mas também por Children´s Games (Chovendo na Roseira), Capitain Bacardi e Lamento. Apesar dele estar longe de ser bico fino, esse disco eu gravei do meu querido tio Luisinho.


A Twist of Jobim - Vários doido
1. Water To Drink (Agua De Beber) - Lee Ritenour, Dave Grusin
2. Captain Bacardi - Eric Marienthal, Dave Grusin, Lee Ritenour
3. Dindi - El DeBarge, Art Porter
4. Waters Of March - Al Jarreau, Oleta Adams
5. Bonita - Dave Grusin
6. Stone Flower - Herbie Hancock, Paulinho Da Costa, Steve Tavaglione
7. Favela - Lee Ritenour, Eric Marienthal
8. Children's Games - Alan Pasqua, Ernie Watts
9. Lamento - Ernie Watts, Christian McBride
10. Mojave - Yellowjackets, Lee Ritenour
11. Girl From Ipanema - Al Jarreau, Oleta Adams


Baixe A Twist of Jobim AQUI

[música /download] Acústico MTV - Zeca Pagodinho

Depois de tanto ficar punhetanto sobre isso ou aquilo do brasileiro. Lanço a cassete do maluco que possivelmente melhor represente tudo isso! Pacotinho e Whyskizinho (caralho, mandei o nome de um dupla sertaneja), em maneira de ser, letra e música.

Tá certo que não é o post mais original. Com certeza, a maioria de vocês já tão até de saco cheio de ouvir falar em Zeca Pagodinho porque o maluco virou dos maiores vendedores de disco do país ou porque ele é pagodeiro.

Mas eu, que sempre fui um ranzinza (amigo de Esteban, Hadichi, Skopein e cia) no momento de aderir a movimentos de massa, fico feliz de postar um campeão de audiência.

Pois esse a galera compra porque se identifica e se diverte com o doido. O sucesso não veio porque uma campanha de propaganda bombou na cabeça de neguím-braquím-indím (tudo misturado). Isso vem no pacote como um anexo extra.

Pelo menos eu sinto isso! (E como não sentir num refrão como de "Coração em Desalinho"?!) Uma sincera emoção e alegria ao entrar no mundo da musica do Numa conversa bastante íntima com minha própria cultura.

Coberto de arranjos finos, com sua característica MANDINGA e grande QUALIDADE, interpreta, com excelentes arranjos musicais, a vida e os pensamentos de gente comum, do bairro. Das antigas ou das rodas de agora.

Muito provavelmente você já ouviu várias vezes as musicas, mesmo que tenha sido uma rebarba do som do churrasco do vizinho. Mas como curto muito e tem a ver com o que estava escrevendo antes mando. Senão fica mais uma chance pra quem não ouviu com a atenção merecida.

O disco inteiro é foda. Mas as mais fodas das fodas na minha humilde são as faixas: “Lamas nas Ruas”, “Pago Pra Ver”, “O Penetra”, “Maneiras”, “Lá Vai Marola”, “Não Sou Mais Disso”, “Patota de Cosme” e deixo também mais abaixo as letras de “Comunidade Carente” e "Caviar".


Acústico MTV - Zeca Pagodinho
1. Quando Eu Contar (Iaiá)/Brincadeira Tem Hora
2. Patota De Cosme
3. Lama Nas Ruas
4. Maneiras
5. O Penetra
6. Lá Vai Marola
7. Comunidade CArente
8. Maneco Telecoteco
9. Vacilão (cifrada)
10. Não Sou Mais Disso
11. Vai Vadiar/Coração Em Desalinho
12. Alto Lá
13. Pago Pra Ver
14. Jura
15. Seu Balancê
16. Posso Até Me Apaixonar
17. Caviar
18. Samba Pras Moças
19. Verdade
20. Deixa A Vida Me Levar


Comunidade Carente
(Zeca Pagodinho)

Eu moro numa comunidade carente
Lá ninguem liga prá gente
Nós vivemos muito mal
Mas esse ano nós estamos reunidos
Se algum candidato atrevido
For fazer promesas vai levar um pau

Vai levar um pau prá deixar de caô
E ser mais solidário
Nós somos carentes, não somos otários
Prá ouvir blá, blá, blá em cada eleição

Nós já preparamos vara de marmelo e arame farpado
cipó-camarão para dar no safado que for pedir voto na
jurisdição
É que a galera já não tem mais saco prá aturar
pilantra
Estamos com eles até a garganta
aguarde prá ver a nossa reação



Caviar
(não achei)

Você sabe o que é caviar?
Nunca vi, nem comi, eu só ouço falar
Você sabe o que é caviar?
Nunca vi, nem comi, eu só ouço falar

Caviar é comida de rico curioso fico, só sei que se come
Na mesa de poucos fartura adoidado
Mas se olha pro lado depara com a fome
Sou mais ovo frito, farofa e torresmo
Pois na minha casa é o que mais se consome
Por isso, se alguém vier me perguntar
...O que é caviar, só conheço de nome
E dessa iguaria até posso provar

(REFRÃO)

Geralmente quem come esse prato tem bala na agulha
Não é qualquer um
Quem sou eu pra tirar essa chinfra
Se vivo na vala pescando muçum
Mesmo assim não reclamo da vida
Apesar de sofrida, consigo levar
Um dia eu acerto numa loteria



Baixe Acústico MTV - Zeca Pagodinho AQUI ou ALÍ

[música] Dinossauros em Estinção?

Da Folha Online

Formada em 1962 e com mais de 300 milhões de discos vendidos em todo o mundo, a banda inglesa Rolling Stones virou alvo de boatos em sites internacionais de música de que poderá anunciar seu fim neste domingo (26). O anúncio seria feito após a última das três apresentações no estádio 02 Arena (ex-Millenium Dome), em Londres. O grupo tem 45 anos de estrada.

A turnê A Bigger Bang seria a última da carreira de Mick Jagger, 64, Keith Richards, 63, Charlie Watts, 66, e Ronnie Wood, 60. Os boatos são atribuídos a fontes próximas da da banda.

Entre os veículos que publicaram a notícia, estão ContactMusic, Digital Spy e "Daily Telegraph". A banda não se manifestou ainda oficialmente sobre os boatos.

sábado, agosto 18, 2007

[mundo / brasil] DEUS segundo Religion Off

Rapeize,

Pelos comentários no post anterior, acho que a maioria acredita na diferença entre o tempero da nossa arte/comportamento e o da nossa desonestidade.

Também acredito, mas não é a realidade histórica do pensamento coletivo e da cultura do brasileiro. Como SOCIEDADE (individualmente a coisa muda, abaixo explico) ainda não diferenciamos.

Precisamos trabalhar para que no futuro essa distancia seja parte do dia-a-dia. Nossas vivências pessoais, agora que devido à idade circulamos pelas entranhas, e de pessoas próximas acho que comprovam minha teoria.

Essa semana ouvi uma cineasta espanhola (cujo nome não encontrei) dizer no radio uma frase, que pode parecer um pouco hippie, mas pode também acrescentar alguma coisa:

“Liberdade é recusar um cheque muito alto.”

E quando tocamos neste assunto, o cheque nem precisa ser tão alto assim pra fazer a gente tremer. (Tá certo que tem muita gente precisada, eu sei… e já falei disso.)

Acredito que temos uma missão dura, duríssima, que só nossos netos podem começar a ver resultados. Mas que sim é possível. Depende de cada brasileiro.

E acredito que é possível por um simples motivo: Conhecer de perto corações bons. Muitos brasileiros. Principalmente os mais humildes. Gente que divide na alta o pouco que tem. (Me parece utópico demais dar o seu ao próximo e ficar sem. Acredito em Lei da Sobrevivência).

Me lembro muito de quando o skater David me levou pra SP em 1994 +-, e um brother dele do bairro da liberdade (que eu infelizmente nunca mais tive contato) me levou pra sua casa. Era muito pobre. E, confesso, talvez pela minha idade e bagagem, fiquei um pouco assustado.

Pelo seu lado, o brother (que vacilo hein, não lembrar o nome do camarada) sua mãe e família me davam tudo. Do mais baratinho e recicladinho com certeza, mas não faltava um cafézinho, um almoço, um banho, uma cama dentro da condições que estavam ao seu alcance.

Por esses toques de sensibilidade que a vida te dá é que tento cultivar em mim e com os seres com quem me relaciono o Valor Maior. O do BEM ABSOLUTO! Aquele que nunca vamos alcançar mais sempre devemos buscar.

Bom, já que estamos nesse nível de sensibilidade e sem querer ser piegas, comento aos que não sabem, que esse é o meu conceito de Deus. RELIGION OFF!

Valeu Nininha,
Valeu Tonico,
Valeu Pinduca e
Valeu Alê,

Muita Saudade!

quinta-feira, agosto 16, 2007

[mundo / brasil] Mais sobre o brasileiro

Agora eu queria dar um nó nas idéias da turma. Se não nas idéias, pelo menos no orgulho nacional.

Tudo isso que pregamos (no post abaixo) como câncer da nossa sociedade infelizmente(?) é também a causa de tudo o que mais nos orgulha da nossa cultura.

Em conversas com meu brother, músico, jornalista e nômade, Arapuca, acabávamos concluindo sempre que o que de mais bonito temos na nossa música, futebol ou alegria de viver está de alguma forma relacionado à “Lei de Gerson”.

O objetivo é análogo: driblar. Passar o outro para traz, com estilo e malemolência e, se possível, dar uma zoadinha depois. É a sensação de ser o esperto, o bom.

Para mim, isso é um exemplo de que no mundo as coisas não são independentes umas das outras. Tá tudo inter-relacionado! Uma cadeia de influências.

O mais curioso é o poder dessa cultura brasileira. Capaz de gerar coisas tão cruéis e egoístas. E por outro lado, tanta beleza, sensibilidade e diversão.

Que bacana seria poder associar "malandragem" somente a diversão.

E que venham as discórdias!!!

p.s.: prometo uma leitura de Casa Grande e Senzala e Raízes do Brasil pra breve. Pra ver se não fico só nessa superfície.

[mundo / brasil] 1 min. de silêncio pelo Brasil - Amanha, sexta 17/08, 13H




Considerações sobre a campanha em favor dos direitos dos brasileiros organizada pela OAB
por um mero brasileiro-terráqueo (não sou sociólogo, historiador, nem especialista de nada, ou seja, sou jornalista de formaç
ão)


1. EU TAMBÉM ESTOU CANSADO DE TODA ESSA MERDANÇA!!

2. Não conheço a entidade OAB-SP para colocar minha mão no fogo por eles.

3. Um minuto de silencio não vai mudar uma realidade.

4. Toda ação que pelo menos nos faça repensar uma situação é valida pelo que isso simboliza.

5. A mudança de fato parte de dentro de cada individuo. OLHA O NOSSO PAPEL AÊ!

6. A mudança de uma mentalidade coletiva só acontece quando uma parcela com influencia no todo se une em volta de um objetivo ou ideal.

7. A união ao redor dessa mudança pode ser estimulada por agentes externos. É preciso no entanto ter cuidado. Andar com os filtros SEMPRE ligados, pois não poucas vezes os agentes externos tem seus interesses externos. Isso também não pode ser nenhuma paranóia exagerada, porque senão não nos unimos nunca em volta de nada.

8. A MENTALIDADE DE QUERER “ADIANTAR-SE” INGNORANDO OS DIREITOS DO COLETIVO NÃO ESTA PRESENTE SÓ NA CLASSE POLÍTICA DO PAÍS.

Em variadas situações do dia-a-dia nos deparamos com gente que age nesse sentido, independente de posição social. Se você é auto-crítico pode até ter se surpreendido consigo mesmo ao soltar uma piadinha.

Talvez por sermos abandonados pelo nosso estado, esse comportamento seja como uma “lei de sobrevivência”. Não justifica! Temos que fugir de semelhante ciclo.

9. Vale a pena colocar o celular para despertar para recordar: VAMOS NOS CALAR UM MINUTO PELA NOSSA GENTE E A NOSSA NATUREZA!

...10. E que essa união positiva se expanda para todos os níveis de relações sociais possíveis, de dentro do teu bairro a outras galáxias (sei lá até onde chega a vida malandro!)

Obrigado ao meu irmão Ivanzinho por ter me enviado o vídeo.

segunda-feira, agosto 13, 2007

[Cine] Série Paul Morrisey, Parte IV - Blood for Dracula






“Blood for Dracula” encerra a série das duas releituras cinematográficas que Paul Morrissey fez desses dois mitos da literatura mundial ; Frankestein e Drácula. Lançado em 1974, o filme também tem uma produção bem cuidada, com uma narrativa linear e filmado nos Estúdios da Cinecittá em Roma. Com uma bela direção de fotografia de Luigi Kuveiller, a película se distancia por completo do estilo Morrissey dos primeiros anos da Factory. A idiossincrasia do diretor surge no argumento ; nessa versão mais do que inusitada , Udo Kier encarna um Conde Drácula que só se alimenta de sangue de virgens ; sem ele, o vampiro estará condenado a passar toda a eternidade isolado na sua tumba, sem forças para sair. Seu jovem assistente lhe convence a abandonar a velha Rumânia e empreender uma viagem a Itália, um país de avassaladora moral católica onde proliferam as jovens donzelas. E claro, onde seu nobre título impressionará as famílias italianas. Durante uma estância em uma taberna local o vampiro se entera de que pelos arredores há uma decadente e nobre família com quatro filhas prontas para o Matrimônio; o pai das moças- interpretado pelo mestre Vittorio de Sica- vê com bons olhos a aproximação do Conde e o convida para uma breve temporada en sua residência. O que o secular vampiro não sabe é que as “donzelas” não são tão imaculadas como se imagina já que John Dalllesandro interpreta um camponês comunista que trabalha na casa da família. Com uma surreal participação de Roman Polanski, “Blood for Dracula” consolida a maturidade estética de Paul Morrissey. No próximo capítulo, “Flesh”.

sábado, agosto 11, 2007

[gastronomia] Receitinhas Delux

Ok, para quem está pensando que isso aqui virou o Mais Você, esclareço: há pouco mais de um mês o inspiradíssimo e jovem chef brasiliense Du Morgado preparou um rango de primeira para a galera de Barça. Como o sucesso foi grande e até hoje neguinho me azucrina por causa das receitas, pedi para ele postar aqui.

Du passou os últimos meses dando um rolé pela Europa e um pouquinho da África e, pelo visto, aprimorando seus paladar, para nossa sorte. O menu que a gente teve o prazer de conhecer foi um risoto de pêra e gorgonzola acompanhado de frango marinado no vinagre de morango. Anotem, testem e encham a pança, que vale a pena.

RISOTO DE PÊRA, GORGONZOLA E NOZES

* 300g de arroz arbório
* 1 cebola (80g)
* 30ml de azeite de oliva
* 100ml de vinho branco seco
* 500ml de caldo de legumes ou galinha
* 250g de gorgonzola
* 100g de parmesão
* 150g de manteiga
* 2 pêras (180g) descascadas e cortadas em cubos
* 100g de nozes picadas grosseiramante


Preparo:

Picar a cebola e refogar com azeite de oliva até ficarem translúcidas, sem deixar dourar.
Juntar o arroz (sem lavar) e refogar por mais 3 min.
Colocar o vinho branco e deixar evaporar, mexendo sempre.
Adicionar o caldo aos poucos, deixando evaporar e sem parar de mexer.
Após 20 min, quando os grãos estiverem al dente, adicionar o gorgonzola picado e deixar derreter.
Colocar a pêra, a manteiga, o parmesão, as nozes e incorporar mexendo ainda com mais vigor.
Corrigir o sal e sevir em seguida.

Rendimento: 5 porções

Dica: Pode-se usar 50ml de creme de leite fresco no final, junto com o parmesão. Será menos light, porém mais aveludado.



FRANGO MARINADO NO VINAGRE DE MORANGO, MEL E GENGIBRE

* 3 bandeijas de coxas (15 und)
* 4 dentes de alho picados
* 1 limão e 1 colherzinha de sal pra lavar
* 1 pisca de pimenta do reino
* 2 folhas de louro
* 60g de cebola picada
* 50g de gengibre picado
* 5 morangos grandes e bem maduros
* 250ml de vinagre de vinho branco ou Jerez
* 450g de mel

Preparo:

Lave as coxas, esfregando o limão com sal. Em seguida enxaguar em água corrente e deixar escorrer.
Picar os morangos e, com o açúcar, fazer uma geléia na panela de borda alta. Junte então o vinagre de deixe ferver por 2 min.
Bater com um mixer ou liquidificador, adicionando um pouco de água, e voltar a ferver por mais 2 min. Retire da panela e deixe esfriar.
Numa assadeira, acomode as coxas e coloque sal, o alho, a cebola, a pimenta, o louro, o gengibre bem picado, o vinagre de morango e finalmente o mel.
Misture bem e deixe macerar por 12 hs na geladeira, virando e regando, se possível a cada 4hs.
Assar inicialmente em forno alto (280°C) por 30min, coberto com papel alumínio (lado brilhante sempre voltado para o alimento). Tirar o papel alumínio para que dourem e baixar a temperatura para médio (180°C). Assar por mais 30min, até que estejam coradas.

Harmonização: Cava Rosado Brut ou vinho branco não muito seco.

quinta-feira, agosto 09, 2007

[pala] O c* do macaco

Então, deculpem a pala, mas esse é um dos vídeos mais engraçados que eu já vi no YouTube...

terça-feira, agosto 07, 2007

[Música, séries] Breve História do Jazz (8) - Chicago anos 20




O jazz nos anos 20 muda de endereço; como vimos no capítulo 5 ,a emigração do sul para o norte fez com que músicos tentassem a vida em Estados mais ricos e é curioso que as primeiras gravações clássicas do estilo Nova Orleans sejam feitas todas em Chicago. Alguns dos primeiros inventores do Jazz morreram sem deixar registro – Buddy Bolden é um deles – porém uma “segunda geração” tem a oportunidade de gravar –20 anos depois – o som que desde o início do século se fazia em Nova Orleans.
Três nomes se destacam dentre desses músicos ; Jelly Roll Morton, King Oliver e Sidney Bechet.
Jelly Roll Morton é considerado o maior compositor desse estilo do seu tempo; creole, criado nos cabarés de Storyville – o bairro “da luz vermelha “ de Nova Orleans- começa dedilhando o piano ao estilo ragtime combinando inventivas harmonias. Digno de uma biografia levada aos palcos da Broadway, Morton ganhava a vida como músico, jogador de bilhar, mestre de cerimônias em casas noturnas de freqüência duvidosa e talvez gigolô. Toda essa experiência de vida e um profundo dom da “falácia” levou Morton a desenvolver um marketing pessoal enorme e sem dúvida, foi o primeiro líder de banda a interagir com o público, contar anedotas e dizer uma frase não melódica no meio de uma execução musical. Além do talento para a composição – deixou mais de uma centena de gravações – Morton era um bandleader por natureza. Como diretor de banda tinha o domínio completo da interação de um conjunto, tratava musicalmente a banda como um todo,elemento fundamental do estilo coletivo de Nova Orleans . Uma gravação recomendada é “Sidewalk blues”; o tema começa passando uma revista nos três instrumentos principais ; trombone, corneta e clarinete; logo a corneta executa uma frase melódica sustentada por um stop-time acórdico( do acorde).Esse tipo de técnica – em que a banda impulsa o solista com marcados acentos nos compassos 2 e 4 – é o estilo Morton de executar. Ao final do solo volta o estilo de contraponto que entrelaça as linhas do trombone,corneta e clarinete (marca indelével do jazz de Nova Orleans) e otra vez se retoma a técnica do stop-time, agora com o solo do clarienete. Além de um dos grandes compositores e bandleaders da primeira fase desse estilo, Jelly Roll Morton esteve presente na primeira gravação multi-racial do jazz. Aconteceu em Chicago,em Julho de 1923 entre ele mesmo e o grupo branco New Orleans Rhythm Kings. Todo uma lenda.

sexta-feira, agosto 03, 2007

Era Juvenal [Pala]

Juvenal Juvencio

No final do século XIX surgiram as primeiras manifestações de uma nova era que estava prestes a firmar-se por um longo tempo, “a era Juvenal”.


Época de efervescência do sangue juvenil, por todas as partes formavam-se grupos organizados que faziam frente ao poder vigente. Mas que agiam secretamente devido a forte repressão existente.


Os Juvêncios Juberlinos, como assim eram chamados os futuros Juvenais, agiam infiltrados no meio das instituições, dos reinados, disseminando a filosofia da badalhocaçao e a eterna juventude, desconcertando os conservadores e mobilizando cada vez mais adeptos ao mundo Juvenciano.


O espírito Juvenal estava por todos os lados, não havia nenhum agrupamento senil conservador que não tivesse um Juvenal por aí, quebrando aquele clima repressor e autoritário, disseminando a fanfarra. Eis que surge a pergunta no ar: Quando realmente foi o marco de início da Era Juvenal.


Em 1900 e uns quebrados, nasce Juvenal Juvencio, filho de um dos grandes militantes Juberlonciano, Juvencio Juberlino das catracas, herdando o sangue badalhoca e a responsabilidade de disseminar esse movimento de espírito ultra jovem (independente da carcaça), rompedor de valores morais, de exaltação da prevaricação à fanfarra, remodelando a visão do mundo “senhor”. Nasce assim, o movimento Juventude Juvenal.



Próximo capítulo: a história de Juvenal Juvencio e sua jogada Juvenal de se tornar presidente do São Paulo futebol clube, aproveitando por estar no poder do esporte mais popular e ludibriador do mundo, para encobrir várias facetas não reveladas da cultura Juvenal.


quinta-feira, agosto 02, 2007

[animação] Philippe Grammaticopoulos - Le Processus

Infelizmente não consegui encontrar o fodíssimo curta do francês Philippe Grammaticopoulos, Le Regulateur. O máximo que consegui achar foi um trechinho. Fiquei até na dúvida se valia pena colocar aqui. Bom... É o que está mais embaixo. (necessário o plug-in Real Player)

Pra não ficar só na vontade vai o "O Processo". O seu primeiro trabalho em animação, realizado para concluir seus estudos na famosa escola francesa Supinfocom.

A estética é a mesma. Personagens desenhados com inspiração em bonecos de Madeira polida. Movimentos mecânicos. Uma onda militar, construtivista, talvez (me lembrou o início do filme Metrópolis, quando os operários entram a trabalhar). Tudo em PB.

A trama é sobre o egoísmo individual dentro de um grupo opressor.