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segunda-feira, julho 14, 2008

[Literatura, séries] - "Noir" - Raymond Chandler - "O sono eterno"



Primeiro romance de Raymond Chandler, “ O sono eterno” é também a primeira aparição do mítico detetive Philip Marlowe - que ainda protagonizaria outras seis novelas do autor norte-americano. Depois de escrever contos policiais com enorme êxito para as revistas pulp, Chandler decidiu enveredar por narrativas mais longas; geralmente ambientada na Califórnia dos anos 30, vários de seus romances foram levados às telas; “O sono eterno” não foi uma excessão e foi adaptado para o cinema com estrelas como Humphrey Bogart e Lauren Bacall.
Em uma Los Angeles mergulhada na depressão, Marlowe – detetive particular que trabalha “por 25 dólares diários mais despesas” – recebe a incombencia de um velho milionário: descobrir o autor das chantagens dirigidas a sua filha. Ao entrar no caso Marlowe se encontra com muito mais: homicídios, extorsão, jogo e pornografia.
Lançado em 1939, é considerado obra obrigatória para os amantes da Literatura Noir.

Trecho escolhido : “Você está morto, está dormindo o grande sono, o sono eterno, e não se perturba com coisas assim. Para você, petróleo e água são a mesma coisa que o vento e o ar. Você simplesmente dorme o sono eterno, não se importa com as circunstâncias desagradáveis da maneira como morreu ou onde seu corpo caiu. Eu agora fazia parte das circunstancias desagradáveis.”

sexta-feira, dezembro 28, 2007

[Música, séries] - Breve História do Jazz - [12] - Hot Five




No começo de 1924 King Oliver desfez sua banda e tratou de se adaptar aos novos tempos que anunciavam; a era do solista e das big-bands chegava. Contratou 3 novos saxofonistas e pensou em arranjos mais sofisticados do que exigia o estilo Nova Orleans; a crítica foi dura e Oliver desfez o grupo.
Louis Armstrong foi a Nova Iorque onde tocou com diversas bandas e capitalizou a admiração de muitos de seus companheiros. Retornou a Chicago em 1925 onde realizou sua primeira gravação como líder de grupo com uma banda que nunca se juntaria para apresentar ao vivo o material que foi gravado. Os críticos americanos estão de acordo em afirmar que essas gravações – “Hot Five”- não tem comparações quanto “a importância Histórica” e a “grandeza visionária” em toda a História do Jazz (há alguma controvérsia pois uma minoria aponta as gravações de Duke Elington dos anos 40 e a sessão de Charlie Parker para “Savoy” e “Dial” na mesma década).
Armstrong enfim fez o registro de uma música mais enfocada no solista do que no grupo: sua corneta estava à frente de todos os instrumentos da banda. A forma com que o músico improvisava revelando um inesgotável senso rítmico e desenvolvimento linhas melódicas muito além do estilo Diexland era revolucionário. O solo de jazz sempre existiu e os músicos de Nova Orleans sabiam fazê-lo porém a questão era “como” fazê-lo para que justificasse ser o elemento central de uma música. Os primeiros músicos de jazz careciam dos recursos técnicos ,rítmicos e da imaginação de Louis Amstrong. Ele fez do solo e do solista, o grande momento de um tema de jazz e o fez simplesmente porque era o melhor. A formação do grupo de Louis não se diferenciava muito das bandas de Nova Orleáns; corneta, clarinete, trombone, banjo e piano; o que mudava era a postura – do solista – em frente ao grupo. No próximo capítulo, mais Armstrong.