quinta-feira, maio 31, 2007

[cine] Pra levantar o humor

Esbarrei outro dia com este clássico solo de Donald O’Connor em “Cantando na Chuva”, filme que produziu duas das coreografias mais antológicas da história do cinema. A indiscutível homônima, estrelada por Gene Kelly, e este hino à alegria, "Make Them Laught". Uma cena inesquecível que merece ser vista e revista.

terça-feira, maio 29, 2007

[cine] Série John Cassavetes, parte III - Noite de Estréia

Noite de Estréia (Opening Night, 1977) é mais um filme de Cassavetes feito para Gena Rowlands. No papel da atriz Myrtle Gordon, ela repete a atuação brilhante de Um Mulher Sob Influência.

A história começa com a morte por atropelamento de uma fã de Myrtle que tenta aproximar-se dela (cena, aliás, homenageada por Almodóvar em Tudo Sobre Minha Mãe). A partir deste incidente, vemos como a vida pessoal de Myrtle entra em um turbilhão que acaba por comprometer seu trabalho, uma peça a ponto de estrear. Ou será a peça que influi no equilíbrio emocional de Myrtle?

Noite de estréia não é um filme tão potente como Uma Mulher Sobre Influência (desculpem, mas a comparação é inevitável), mas segue a mesma linha instigante que Cassavetes construiu quase à perfeição no segundo. Trata de uma mulher que atormenta a todos à sua volta com sua loucura, mas que também é atormentada pelo seu entorno – neste caso a peça em que atua, cujo tema é a crise existencial pelo envelhecimento.

Em seus surtos, Myrtle questiona a fusão entre seu papel na ficção e seu papel na vida real. A linha que separa a atriz da pessoa se torna extremamente frágil. Mas Cassavetes parece querer levar essa dúvida quase ao limite, já que o que estamos vendo é uma Gena Rowlands – atriz – representando uma atriz. Esta mulher na tela... é Myrtle ou Gena?

sábado, maio 26, 2007

[música / séries] Breve História do Jazz (4) - O Primeiro Nome


O Primeiro Nome



As bandas de rua se proliferavam em toda a América e ainda mais em Nova Orleães; algumas eram contratadas para enterros ou em acompanhar cortejos fúnebres e o faziam muito bem, só que na volta do cortejo - quando a multidão em silêncio se dispersava - os músicos começavam a tocar outros temas – polcas, marchas – e uma outra multidão se reunia e a coisa virava uma festa.

Com os instrumentos musicais baratos e a geral falta de trabalho, as bandas ambulantes aparecem em cada esquina e tocam informalmente em festas e nos bares. Nesse clima informal os músicos “creole”, que tinham recebido boa educação européia e conheciam a música clássica se reúnem com os músicos negros para encontros improvisados e lúdicos. Se de um lado há o virtuosismo do músico “creole” na técnica de tocar o instrumento e na formação clássica européia recebida, no outro está o do músico negro, que mesmo sem saber ler uma partitura, toca de ouvido, tem uma inventividade rítmica indiscutível e um sentimento que nessa mesma época se traduziría em outro estilo musical , o blues.

Qualquer tentativa de procurar uma genealogía definitiva do blues é especulativa: o que se sabe é que esse estilo foi desenvolvido também no final do século XIX através da mistura dos hinos relogiosos ocidentais com os cánticos africanos. Dessas “worksongs” também surgiram o Gospel e os Spirituals e o blues nao é nada mais do que a “crônica do sofrimento” do escravo negro em terra estrangeira.

Chegamos quase na última década do século XIX e a quantidade de bandas de metais no sul dos Estados Unidos era imensa; nesse cenário apareceu um estilo musical baseado nas peças de piano européias com um ritmo sincopado, o que atribuía um swing diferente na execução. A esse estilo se deu o nome de RAGTIME. Finalmente o encontro da música européia com a tradição rítmica negra tinha agora um nome.

terça-feira, maio 22, 2007

[esporte] Dynamite Surf Bro

Essa aí vai para o grande amigo Murilovski surf bro da real.

E também, para todos os surfistas do lago Paranoá (roots calangos juventudes do movimento sem onda).


quinta-feira, maio 17, 2007

[cine / pala] Futiba dos filósofos

Um clássico do futebol em uma disputa profunda.

Monty Phyton


terça-feira, maio 15, 2007

[foto] Olho Mágico

Elliot Ewritt é um dos fotógrafos mais atentos e rápidos que existe. Nascido na França e radicado nos Estados Unidos, já passou pela moda, publicidade e jornalismo (atualmente trabalha para a agência Magnum). Mas o que me chama a atenção neste artista (sim, podemos dizer assim) é seu olho afiadíssimo. Desperto para tudo que passa à sua volta, às vezes só com um pequeno detalhe, Ewritt produz as cenas mais divertidas e/ou impactantes que a vida cotidiana pode oferecer. Aí embaixo vão uns exemplos.




segunda-feira, maio 14, 2007

[música / pala] Esse aí come música

Aí vai uma receita para atiçar as lumbrigas dos ouvidos



domingo, maio 13, 2007

[pala] quando o cevado reage.

prefiro nao escrever muito sobre isso!!!

[música] Pop

Então, estou postando este maluco aqui porque estou impressionada com a ovação da crítica européia a ele. Já li coisas que dizem que Mika é "o novo Prince", ou "o herdeiro de Freddie Mercury"... Enfim, esse é o maior hit do cantor libanês que já conseguiu conquistar o número um nas paradas britânicas, Grace Kelly. Vejam e julguem por si mesmos.

sábado, maio 12, 2007

[música / dwnld] Broken Social Scene - Broken Social Scene

Taí o disco que contém a musiquinha dos menssageiros de bicicleta malucos de Nova Yorque. Nem curti muito, mas como tinha prometido... E a palavra, como já dizia meu avô, vale mais que as fezes em um homem, segue rock indie pra galera:

Broken Social Scene - Broken Social Scene

1. Our Faces Split the Coast in Half
2. Ibi Dreams of Pavement (A Better Day)
3. 7/4 (Shoreline)
4. Finish Your Collapse and Stay for Breakfast
5. Major Label Debut
6. Fire Eye'd Boy
7. Windsurfing Nation
8. Swimmers
9. Hotel
10. Handjobs for the Holidays
11. Superconnected
12. Bandwitch
13. Tremoloa Debut
14. It's All Gonna Break

Baixe Broken Social Scene AQUI

sexta-feira, maio 11, 2007

[música] kero one the dj - petephilly and perquisite ft talib kweli-hope (dj mitsu remix) 2006

Tucamicasa agora tem playerzinho pra facilitar o acesso as sonoridades pros amigos. Pra inaugurar solto esse beatzinho tranquilo na levada de rimadores crasse "A".

Este som faz parte de uma mixtape, que depois postarei aqui pra todos os juvenais fazerem download.




quinta-feira, maio 10, 2007

[esporte] Geraldino

29º Carioca do Mengão!
Pra liberar os instintos e registrar para a nossa posteridade.


(Valeu o esforço do time ontem na Libertadores! Shit happens!)

terça-feira, maio 08, 2007

[música / séries] Breve História do Jazz (3) - "Drop me off in New Orleans"



"Drop me off in New Orleans"


No começo do século XIX Nova Orleães era a cidade onde mais companhias de ópera, grupos sinfônicos, bandas de marcha e salas de dance-hall haviam na América; incluída tardiamente como território dos Estados Unidos, a cidade gozava de uma multiculturalidade incomum; franceses, espanhóis, irlandeses, alemães, ingleses..todos se encontravam em uma boemia regada a muita música nos bares e cabarés, mais tarde – como veremos mais adiante – essa conta iria chegar.

Era o único lugar do Novo Mundo em que se tolerava a manifestação cultural e religiosa dos escravos e eles tinham até um espaço para fazê-lo: todo domingo se juntavam na então conhecida Congo Square e ali dançavam e cantavam livremente. Seja para apresentar uma sessão rítmica ou de canto, o lugar representava uma verdadeira volta a Mãe-África, com danças coletivas e uma multidão reunida em torno de tambores e instrumentos feitos ludicamente pelos próprios escravos.

No começo de 1800 a metade da população de Nova Orleães era de negros. Nesse cenário de tradição e de tolerância cultural surgem os “creole” – resultado direto da mistura de raças que a cidade proporcionaria – filhos de pais de origens francesa, espanhola e africana : gente que além do inglês também domina francês e que se educou a moda européia. Em planos gerais: os negros de um lado manifestando livremente sua arte e sua cultura e do outro, os brancos com suas bandas de desfile e de marcha. Os escravos vinham com uma riqueza rítmica incontestavél, além da improvisação que fazia parte do caráter “comunitário” da tradição musical africana e os brancos com a formalidade das bandas de bronze claramente desenvolvidas para a harmonia.

No final da Guerra Civil Americana ocorre um enorme “saldo” de instrumentos de bandas militares e isso proporciona o advento de vários grupos que tocam para desfiles, enterros e em festas improvisadas nas intermináveis noites do bairro de Storyville. Os instrumentos básicos de Nova Orleans são a corneta, clarinete, trombone, tuba, banjo, bateria e violão. Segundo os pesquisadores americanos Ron David e Vanesa Holey a Guerra Civil não somente libertou os escravos, como também lhes deu cornetas.

[esporte] NYC Bike Mensageiros - Tente em Casa!

Odeio o clima de "Spider-Man" nas telonas. E odeio muitas outras coisas mais que estão por aí. Sou ranzinza mesmo. Discípulo de Bruno Hadichi, Esteban Pinilla, Luís Bamba e do Garoto enchaqueca.

Mas continuo gostando muito do meu brother Zócrulos.

Também gostei do post. Por isso mando uma resposta no naipe: Bikers Insanos.

Beba, fume, cheire, jogue RPG e saia de bike como eles.

Style mesmo foi a trilha que encaixaram no baguio. Deu o maior clima. "Bandwitch" da banda canadense Broken Social Scene. Logo mais vou postar o disco gra geral baixar. Pois de isso se trata a vida.

[esporte] Escalada Cabrera

Aproveitando o clima de "Spider-Man" nas telonas, dá uma flagra no verdadeiro aracnídeo-mao-de-ventosa-the-flash-man.


sábado, maio 05, 2007

[artes plásticas] Beatriz Milhazes

Em 2004 vi as pinturas dessa artista carioca na Bienal de São Paulo e achei maravilhosas. Aí vai uma breve biografia dela e uns exemplos dos quadros.

"Beatriz Ferreira Milhazes (Rio de Janeiro RJ 1960) é pintora, gravadora, ilustradora e professora. Faz parte das exposições que caracterizam a Geração 80, grupo de artistas que buscam retomar a pintura em contraposição à vertente conceitual dos anos 1970, e tem por característica a pesquisa de novas técnicas e materiais. Sua obra faz referências ao barroco, à obra de Tarsila do Amaral (1886-1973) e Burle Marx (1909-1994), a padrões ornamentais e à art deco, entre outras. Beatriz leva mais de dez anos destacando-se em mostras internacionais nos Estados Unidos e Europa e integra acervos de museus como o MoMa, Guggenheim e Metropolitan em Nova York."




[moda/ tecnologia] Para todas as ocasiões

Este post vem meio atrasado, mas acho que vale pelo intresse. Trata-se do desfile primavera-verão 2007 de Hussein Chalayan, o artista/ estilista que mais leva a sério o flerte entre moda e tecnologia (mês passado rolou o desfile da coleção outono-inverno 2008, mas acho que esse vale mais pelo fator novidade). Já tem um tempo que os desenhadores de moda vêm jogando com esse intercâmbio de modalidades. O próprio Chalayan em outra temporada fez uma saia ajustável que se adaptava automaticamente à forma do corpo, mas nada tinha sido tão ambicioso como esta coleção. Cinco trajes recorrem a história da moda no século XX, mudando de forma em tempo real sobre o corpo da modelo; abrindo decotes, aumentando o babado das saias, passando por várias transformações, até recolher o vestido inteiro dentro de um chapéu. Ver pra crer. É o fim das gafes femininas. Você chega a uma festa e vê um vestido igualzinho ao seu... Aperta o botãozinho e seu modelito vira outro completamente diferente. Um luxo só.

terça-feira, maio 01, 2007

[pala] "Gold Motherfuckin' Damn!"

Just Because I come from the Centro-Wessst, fraga como ele coloca sua cervejinha de ouro do carro e sai felizão!