terça-feira, janeiro 30, 2007

O Christo Artista



Dia desses, jogando conversa fora com os amigu, pensando em teorias impossíveis e projetos mirabolantes, lembrei de Christo, o mais megalomaníaco artista da contemporaneidade. Estadounidense de origem búlgara, Christo vem causando furor há algumas décadas. Sua obra mais famosa foi o empacotamento do Reichstag, o edifício do Parlamento Alemão, em 1995. Seus objeto embalados são alguns dos exemplos mais extremos da arte conceitual moderna. Começou envolvendo garrafas, latas e caixas com plástico, mas se fez conhecido quando deu o salto a prédios, ilhas e outros itens da paisagem urbana.

Sua obra de maior dimensão é a Running Fence, de 1976, uma faixa de nylon de 5,5m de altura, que cortava 40 km dos condados da Califórnia. Ganhou até um documentário dos diretores vanguardistas Albert e David Maysles. Entre seus projetos ainda não realizados, estão a Porta de Alcalá, em Madri e a estátua de Colombo, em Barcelona.

Sua última jogada foi em 2005, quando, ao lado de Jeanne-Claude, sua parceira sentimental e artística, montou uma série de 7.500 cortinas "cor de açafrão" emolduradas pelo Central Park de Nova York, produzindo um efeito dominó, a maior instalação pública já armada nos quase 152 anos do parque. Cansado de tentar explicar sua obra, Christo disse sobre The Gates, como o projeto foi batizado: "É uma ''grande extravagância sem sentido''. Detalhe: a "grande extravagância" custou U$ 21 milhões. Entenda-se ou não sua arte, há de se reconhecer, pelo menos, seu papel de agitador social.

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