Fiquei devendo explicações sobre o Altermodernism, ou Altermodernismo, em português. O pai do termo é Nicolas Bourriaud, crítico de arte francês, co-fundador do Palais de Tokyo de Paris e atual curador da Tate Britain.
Resumindo, Bourriaud diz que:
"Artists are looking for a new modernity that would be based on translation: What matters today is to translate the cultural values of cultural groups and to connect them to the world network. This “reloading process” of modernism according to the twenty-first-century issues could be called altermodernism, a movement connected to the creolisation of cultures and the fight for autonomy, but also the possibility of producing singularities in a more and more standardized world."
Foi uma grande sacada perceber que essa miscigenação virtualmente ilimitada de referências culturais, históricas e estéticas já não cabe sob o rótulo da Pós-modernidade. Ou, pra usar um termo que atualmenteme apaixona, a matriz se expande tendendo ao infinito. Porque as identidades culturais já se descobriram, se afirmaram e hoje em dia caminham com pernas próprias na direção em que bem quiserem. Há cada vez mais pontes e mais atalhos em um mundo quase totalmente mapeado, e de maleáveis fronteiras. Vivemos em meio a uma maior e mais abrangente diversidade cultural, que abriga um maior repertório de experiências históricas e outros imaginários possíveis, sejam eles visuais ou psíquicos, pessoais e/ou coletivos. Há novas maneiras de mover-se sobre um campo fértil de possibilidades, em que as linguagens se complexizam e se simplificam em alta velocidade por meio de canais de comunicação híbridos, capazes de estimular vários sentidos, simultaneamente.
(Em tempo:Bourriaud foi um dos primeiros teóricos de arte a relacionar a prática do disc-jockeying como uma das vertentes da cena artística contemporânea, ainda em 2001.)
Veja o manifesto do Altermodernismo aqui:
segunda-feira, junho 15, 2009
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