O produtor, diretor e roteirista de cinema Robert Altman morreu aos 81 anos nesta segunda-feira (20), em um hospital de Los Angeles, de causas não reveladas.
Altman, como outros grandes cineastas, teve sua longa trajetória - na qual há mais de 80 filmes como diretor, 39 como produtor e 37 como roteirista - reconhecida tardiamente. No Oscar deste ano, ele recebeu uma estatueta pela primeira vez. O prêmio honorário homenageou o diretor por sua carreira.
Alguns de seus filmes mais notáveis foram "M.A.S.H." (1970), "Nashville" (1975), "O Jogador" (1992), "Short Cuts - Cenas da Vida" (1993) e "Assassinato em Gosford Park" (2001), todos indicados ao Oscar de melhor direção. O mais polêmico, talvez, foi Pret-à-Porter (1994), um retrato ácido dos bastidores da moda que incomodou as classes envolvidas: modelos, grandes empresários e desenhadores. O último filme de Altman, "A Última Noite", que tem no elenco Meryl Streep, acaba de estrear no Brasil.
O cineasta, que declarava não ter planos de se aposentar, começou sua carreira como documentarista antes de sua estréia no cinema com "Os Delinqüentes" e "Amor Ilícito", em 1957. Além de seus sucessos cinematográficos, sempre foi um defensor da contracultura e das liberdades. Sua oposição ao presidente americano, George W. Bush, levou-o a prometer que abandonaria seu país caso ele fosse reeleito, como ocorreu.
Embora Altman tenha descumprido sua promessa após a vitória de Bush em 2004, suas produções se mostraram cada vez mais vinculadas à Europa. O trabalho de Altman, que durante alguns anos se concentrou na televisão, sempre foi classificado de eclético na telona e com uma peculiar visão cínica do mundo. "Tive muita sorte na minha carreira. Nunca precisei dirigir um filme que não tivesse escolhido ou desenvolvido. Meu amor por fazer filmes me possibilitou uma entrada para o mundo e para a condição humana", disse ele ao receber o Oscar neste ano.
Fontes: Reuters e Folha Online
quarta-feira, novembro 22, 2006
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Um comentário:
Grande lembrança. E uma bela retrospectiva pra nós da casa. Obrigado, pequena!
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