sexta-feira, maio 19, 2006
Sentimentos de um Rubro-Negro Fã do Futebol Arte Barcelonês
Belleti: Brilhou a estrela com menos luz
Foto: jornal Sport (Espanha)
A vitória do Barcelona na Copa dos Campeões é uma contribuição ao futebol. Uma página na história do nosso querido esporte preenchida por quem valorizou a poesia no jogo. O time de um dos melhores artistas da bola de todos os tempos (precisa dizer quem é?). Mas que não trabalha só. Tem, dentro e fora de campo, um coletivo de profissionais de alta categoria, dando sangue e suor para que o conjunto se desenvolva e no fim caiam nas lágrimas como cairam.
Faz três e meio, me mudei para Barcelona, Espanha. Desde então as boas vibrações emanadas pela cidade e os craques brasileiros do time que leva o nome da cidade arrumaram facinho, facinho um lugar num carente coração rubro-negro (ex-carente, porque agora seremos BI encima do vasquinho). Sem roubar a importancia do Mengão na minha vida, acompanhar a trajetória do Fútbol Club Barcelona no seu ambiente, principalmente depois da chegada do Ronaldinho, fez nascer um novo Blau-Grana (azul-grena na língua nativa da terra, o catalão).
Com orgulho! Pela energia positiva vencedora que se criou no clube desde a eleição do atual presidente Joan Laporta – porque antes o time vinha mal. Mas sob nova direção, as contratações de jogadores se completaram entre si - em contraste com o jogo de marketing do então presidente Florentino Perez do eterno rival Real Madrid. O trabalho planejado, duro, longo e determinado de um grupo de atletas do mais alto nível técnico. E a coroação, agora, com segunda máxima conquista possível por um clube europeu, a Copa dos Campeões.
“Isso é a glória!”, gritava o presidente Laporta no final da partida. Sua emoção não é fruto apenas da conquista do campeonato. Se deve também à grande emoção da partida. Uma vitória num jogo sofrido. De virada! Com um gol que lhes foi erróneamente anulado na primeira metade do primeiro tempo. Quando Samuel Eto´o driblou o goleiro e foi derrubado pelo mesmo, a bola sobrou para o francês Ludovic Giuly que marcou, mas o juiz não deu lei da vantagem. Marcou falta fora da área, num lance que posiblemente foi dentro da área.
O Barcelona dominava claramente. Os ingleses, respeitando sua melhor qualidade futebolística, defendiam. 59% de posse de bola para os espanhois. Até que no minuto 37, depois de um cruzamento do excelente Thiery Henry, Sol Campbell mandou um cabeçaço indefensível para o goleiro Valdez. Um a zero, Arsenal.
No segundo tempo, o técnico Frank Rijkaard voltou com uma tática ofensiva arriscada, mas necesaria. Numa dessas. Henry esteve a ponto de marcar mais um para os Gunners (Bombardeiros, apelido para os que são do Arsenal). Até entrou em cena o jogador que havia entrado segundo tempo, o sueco Henrik Larsson. Dos seus pés sairam os gols que em nove minutos viraram o jogo e a sorte para o lado catalão. O primeiro de Eto´O. E o segundo por um dos mais fracos jogadores do time, o brasileiro Beletti. Ele, que raramente marca, hoje tinha se tornado herói. Nem ele acreditou! Faltavam só dez minutos regulamentares para se tornar realidade.
Apesar da correta partida realizada pelo Arsenal, as estrelas hoje trabalharam pelas suas homônimas barcelonenses. Talvez porque Ronaldinho seja merecidamente o sol do universo futebolístico hoje. Ou porque os astros da equipe viajam numa órbita harmônica. Cada um deles com luz própria. Mesmo que seja uma luz negra, como a do meteóro artilheiro Eto´O.
TÃO SIMPÁTICO QUE AGRADOU QUEM NÃO DEVIA
A equipe do barcelona joga bonito e sem más energias fruto de vaidades. Além disso vem de uma cidade que é sinônimo de diversão garantida – principalmente para quem vem de férias. Talvez tenha sido numa folga dessas, que nasceu o amor do bandeirinha norueguês Ole Hermann Borgan pelo time. Este senhor foi o protagonista de uma curiosa história que envolveu a final da Copa dos Campeões. Ele não pode conter a alegria de saber que tinha sido escalado para bandeirar a final. Se encheu de entusiasmo, colocou uma camisa do Barcelona e posou para as fotos! É claro que depois que o jornal da pequena cidade Drammen, perto da capital Oslo, publicou a foto, ele já não era auxiliar do jogo. Coitadinho, tão sincero e puro.
Foto: jornal Marca (Espanha)
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