quarta-feira, abril 30, 2008

[Cine, Séries] - 25 anos sem Fassbinder - "Rio das Mortes"



Primeiro trabalho de Fassbinder para a TV Alemã, “Rio das Mortes” narra o périplo de dois jovens de Munique em busca de recursos para uma ousada empresa; viajar até a América do Sul em busca de ouro. O tema da película foi baseada em um antiga idéia do diretor alemão Volker Schlondorff, sobre o abismo existente entre a realidade cotidiana e o mundo imaginário dos contos e das utopias. Vale lembrar que o filme foi rodado 1970, ano em que o sonho terminou.
Os protagonistas – Marc e Gunther – trabalham em empregos informais e vivem uma entediada existência nos subúrbios de Munique; ambos possuem um mapa do Peru, onde na localidade de Rio das Mortes se encontra um tesouro escondido: lenda?Verdade? Ninguém sabe e tão pouco importa. O que interessa é acreditar em algo que os liberte de seus cotidianos regidos pela dura e mesquinha realidade.
A diva Hanna Schygulla (Lili Marleen) interpreta a namorada de Marc - um hippie pintor de paredes; ela não se conforma em estar excluída da estrepitosa missão do ser amado por terras distantes. Sua insegurança a leva – entre outras coisas –a dormir com o parceiro de Marc e até a uma tentativa mambembe de assassinato.
Rodado em 3 semanas com direção e roteiro de Fassbinder, “Rio das Mortes” é um elogio a Utopia e as tentativas de busca de outras possibilidades existenciais além da inútil e tirânica realidade.

[notícias] Dr. Hofmann

Morreu ontem, aos 102 anos. Não digo mais nada.

segunda-feira, abril 28, 2008

[cine/ animação] 2 em 1


1. Aviso: não vi, mas posto assim mesmo porque me parece maior interessante.

Marjane Satrapi acaba de lançar um filme de animção baseado nas suas próprias HQs (ou romances ilustrados para usar um conceito mais exato). Persepolis é um conto autobiográfico sobre Marji, uma menina que vê seu país, sua família e - por que não? - sua vida desmoronarem com a revolução iraniana.

Pelo que vi, não é uma obra de arte da animação, mas despertou minha curiosidade pelo seu contexto político (o filme chegou a ser proibido no Irã, acusado de mostrar o regime do Ayatollah de uma maneira "islamofóbica").


2. O mestre dos sádicos, o diretor sueco Michael Haneke, está a ponto de aterrissar em Hollywood. E para estrear nada mais indicado que um remake de sua obra mais polêmica, "Funny Games", que estréia por ali no mês que vem com Naomi Watts e Tim Roth no elenco principal. Se a coisa é como comentam, uma regravação shot by shot do original, vai balançar o puritanismo estadounidense. Porque, quando saiu, em 97, apesar de ter sido visto só em circuitos bem alternativos, "Funny Games" ficou conhecido como uma mostra incontestável de até onde pode chegar o sadismo do espectador.

sábado, abril 26, 2008

[Letra] CopyLeft - A obra

Jovens, disponibilizo uma letra que escrevi há algum tempo.


Livre pra ser utilizada, como o contexto da letra. Encorajo a quem faça uma base pra ela, ou a utilize em uma base já existente. Quem sabe, eu também desenvolva algo.

O recado é esse, criação coletiva.


Todos os direitos dessa obra privada são reservados

À todos que tem direito a uma obra pública

Incluo também aqueles que por outros são dechavados

Se apossando quebrando os conceitos de identidade única


Vamos trocando esta prosa, fazendo viajar

Por vias inimagináveis, às vezes nada palpáveis

Imaginando o soar da minha rima passear

Sendo escutada por aqui e pessoas d’além mar


Abrindo portas, transportando minhas sonoridades

Pelos canais da comunicação,

Desde os antológicos contadores de histórias, aos

Aparatos tecnológicos jorrando informação


Aproveitando desta linguagem universal,

Vejo, meus beats fluindo, por canais através de fronteiras

Percorrendo por vários caminhos,

Disseminando-as por todos os lados, fazendo conhecê-las


Montando e desmontando a música como um quebra cabeça

Com fragmentos de melodias instituídas alheias

Vou criando novos ritmos, mostrando a alguma destreza

Na qualidade que pesquisador da música anseia


Na rede enquanto idéias trafegam rapidamente

Vou levando ampliando, estabelecendo um nível maior de alcance

Deixando minhas palavras fluírem digitalmente

Sendo captadas por muitos ouvidos, apostos em transe


Vejo todos presentes, ligados à melodia que apresento

Para todos prazerosamente interligados por esta sublime freqüência

Vejo notas como axiomas, ligando os neurônios

Para todos que não escutam, sentirem as vibrações com veemência


Sentindo a música,

Conecte-se e a escuta,

Sem posse dos beats,

Dissemine-as,

Contamine-as...


Aí vai alguns myspaces dos parceiros que estão arrupiando nas produções:

http://www.myspace.com/djbatma

http://www.myspace.com/magnusbeats

http://www.myspace.com/mosaicultura

http://www.myspace.com/fabricadejazz

http://www.myspace.com/aquilombandopavao

sexta-feira, abril 18, 2008

[arte / animação] Arte !!!!



assista... é isso... hehe

quinta-feira, abril 17, 2008

[mundo / pala] The Moonwalking Bear



colaboração do queridíssimo Sr. Clandestino

quarta-feira, abril 16, 2008

[Fotografia] Carl Warner

Carl Warner, um fotógrafo britânico , fez uma série de fotografia usando somente alimentos para formar o cenário. As Foodscapes (união das palavras food = alimento e landscape = paisagem) mostram cavernas, bosques, praias, usando frutas,legumes,queijos e pasta, entre outras coisas.

Para dar a sensação de tridimensional, cada cenário esta realizado sobre uma mesa de cerca de 1,2 m por 2,4m.



Nessa floresta, as árvores são feitas de brócolis, os frutos de ervilhas e o chão de cominho. A grama com ervas ,as nuvens de couve-flor e as montanhas de pão.



Os alimentos dessa cena rural típica italiana são o carro feito da pasta de lasanha, os campos de macarrão, as árvores de pimentão e ao fundo as casinhas feito de queijo.



Essa caverna não esta feita com frutos do mar. As rochas são de pão, e o fundo do mar de couve-flor.

As árvores são da folha do repolho, as pedras de batata doce, canyon de pão e o céu de repolho roxo.

O mar dessa praia esta feito de pedaços de salmón. Batatas e pão formam as pedras. O barquinho de ervilha completa a paisagem.

Grãos e cogu


"Eu gosto da forma em que os pequenos aspectos da natureza se parecem aos grandes" diz Carl. Warner, pretende reunir todas as fotos em um livro para promover a alimentação saudável para as crianças.

Para quem queira saber mais sobre Carl Warner, ai vai o site: http://www.carlwarner.com/


segunda-feira, abril 14, 2008

[cine] Sing For Darfur

Queridos, nesta quinta (17/04) estréia no Cine Verdi de Barcelona o filme Sing For Darfur, do qual eu já falei em posts anteriores. Para quem tá chegando agora e não sabe de nada, se trata de um filme do diretor holandês Johan Krammer no qual eu, Mig 9h e minha querida Eli Che trabalhamos. É sobre a relação da sociedade com conflitos armados e crises humanitárias pelo mundo, especialmente a de Darfur. Quem puder ir prestigiar será muito bem-vindo. Para os que estão longe, fica o trailer.

Queridos, este jueves (17/04) estrena en el cine Verdi de Barcelona a película Sing For Darfur, de la cual ya he hablado por aqui. Para quien está llegando ahora y no sabe nada, se trata de una peli del director holandés Johan Krammer, en la cual yo, Mig 9h y mi querida Eli Che hemos trabajado. Es sobre la relación de la sociedad con los conflictos armados y las crises humanitarias por el mundo, especialmente la de Darfur. Los que puedan ir serán muy bienvenidos. Para los que están lejos, queda el trailer.

sábado, abril 12, 2008

[música/ pala] Perculator

Até pouco tempo o Perculator era uma música/ dança que não passava de um "créu" estadounidense. Até que Pharell (que produziu o último disco da Madonna ao lado de Timberlake) sugeriu à diva do pop colocar algo relacionado a este ritmo no álbum Hard Candy e a coisa cresceu inesperadamente. A música Spanish Lesson, resultado da parceria Madonna-Pharell a gente só vai poder ouvir/ver (o clipe) daqui a pouco, quando sair o disco, mas aí embaixo vai um videozinho de como dançar o Perculator.

[Música, séries] - Breve História do Jazz - (16) - Eddie Condon


Ao falar de movimentos artísticos muitas vezes nos limitamos a conteúdos estéticos, períodos históricos, contribuições e influencias às gerações posteriores. Arte também é comportamento e Eddie Condon foi o responsável pela aura mítica que envolve os músicos de jazz.
Antes dele, as biografias dos primeiros jazzman já apontavam o caminho trágico e romântico desses personagens que viviam a noite, amavam de dia e dedicavam as tardes às contemplações existencialistas sobre a humanidade – muito antes de Sartre. Buddy Bolden e Scott Joplin morreram esquecidos em salas de hospitais públicos.Bix Beiderbecke foi encontrado morto em uma pensão de quinta em Manhattan.
Se falássemos de méritos estritamente musicais, Eddie Condon talvez não merecesse mais de uma página na História do Jazz de Chicago.
Na segunda metade dos anos 20, o Jazz revelou-se como a música dos jovens inconformistas, dispostos a encarar a vida com excesso e cinismo, sem perder o romantismo e a inocência. Scott Fitzgerald batizou essa época como a “Era do Jazz” e o Cinema – anos depois – apresentaria uma série de personagens influenciados por esse estilo boêmio; de Clark Gable a Humphrey Bogart, passando por Marlon e James Dean, essa influencia está no imaginário do “jovem rebelde” até os dias de hoje.
Eddie Condon era um bom músico de banjo, tocou com a nata dos músicos do seu tempo mas antes de tudo era um cronista e porta-voz da América que nascia. Foi o grande representante da imagem pública de “boêmio revolucionário” que o jazz aportava ao mundo e um homem “de bastidores”; através dele, músicos conseguiam melhores contratos ,enquanto outros menos conhecidos conseguiam um espaço na cena local.
Nascido em Indiana e de origem irlandesa, Eddie abandonou a escola aos 16 anos para se tornar músico profissional. Ainda jovem teve a oportunidade de tocar com Bix Beiderbecke e aos 23 anos já tinha seu próprio grupo, os “Chicago Rhythm Kings”. Entre 1928 e 1932 gravou seus primeiros discos como “band-leader” e nos anos 30 – auge das big-bands – o músico seguia com seu pequeno grupo como atração permanente da Rua 42 – o coração do jazz em Nova Iorque.
Fundou seu próprio selo nessa mesma década, divulgando nomes ainda desconhecidos do grande público. Teve sua própria casa noturna – o “Condon´s Club” – convertida em ponto de encontro de músicos e artistas em geral. Alcoólatra incurável e mestre da boemia , Eddie morreu aos 67 anos. Foi o primeiro dos últimos românticos.

sexta-feira, abril 11, 2008

[arte, skate] Esculturas Skatáveis

Aproveitando a ponte do post do Duards abaixo, e por ter perambulado pela revista eletrônica VistaSkate arte, ataco com o tema esculturas skatáveis, ah cúma?

Skate e arte interagindo, levando novos conceitos de arte pra dentro da galeria.

Artistas e arquitetos se juntaram e criaram esculturas para que os skatistas interajam com elas. São esculturas que se assemelham a obstáculos da rua, mas com um aspecto estético. Um lugar onde os skatistas, com seu playground (as esculturas), buscam a diversão compondo a totalidade da obra.


Essa expo abaixo foi ano passado.


Aprovechando el rollo del post abajo de Eduardo RockSteady , y por haber navegado por la revista electrónica VistaSkate arte, ataco con el tema esculturas skatables, What?!


Skate y arte mezclándose, llevando nuevos conceptos de arte para dentro da galería.

Artistas y arquitectos se juntaran y crearan esculturas para que los skatistas interactúen sobre ellas. Son esculturas que se asemejan a obstáculos de la calle, con un aspecto estético. Una mirada donde los skatistas con su playground (las esculturas) buscan la diversión componiendo la totalidad de la obra
.

La expo abajo ha sido año pasado.



Embreaga nos links:

Esculturas skataveis

Ian Borden

The Side Effects of Urethane

Stefan Marx

quarta-feira, abril 09, 2008

Skateboard no museu

terça-feira, abril 01, 2008

[Cine, séries] - 25 anos sem Fassbinder - "Deuses da Peste"



Continuação do seu primeiro filme - “O amor é mais frio que a morte” - “Deuses da Peste” é uma estória de gangsters sem perseguição de carro e tiroteios desnecessários. Fassbinder volta com o argumento da reconstrução da Alemanha no meio de uma classe-média perdida, sem direção. A mesma classe média que entra para o crime organizado.
O diretor retoma os cenários do sub-mundo de Munique, onde Joanna é cantora de um clube noturno freqüentado por gente de conduta duvidosa. Seu ex – namorado, Franz, sai da prisão e ao visitá-la compreende que já não a ama mais. Joanna – interpretada por Hanna Schygulla - sofre com a indiferença de Franz e sua vingança chegará nas mãos de seu amante, um policial corrupto que tem como incumbência vigiar os passos do rapaz recém saído da prisão.
“Deuses da Peste” é o mais lírico filme da fase inicial de Fassbinder; o protagonista parece estar mergulhado em si mesmo em busca de sensações perdidas, como em um longo processo de auto-conhecimento. O máximo que ele consegue é se relacionar com diferentes mulheres e cair no crime novamente. O final trágico está anunciado em seu enigmático e terno olhar presente nos 90 minutos de película.
Filmado em 5 semanas, em preto e branco e com montagem do próprio Rainer, “Deuses da Peste” estreou em 1970 na “Viennale de Viena”. É considerado a melhor obra do jovem cineasta Fassbinder.