segunda-feira, maio 29, 2006

Fim do Ciclo Terrenal de um Grande da Musica Jamaicana

Foto: Michel Gomes

O cantor jamaicano de reggae Desmond Dekker morreu, vítima de um ataque cardíaco em sua casa de Surrey, no sudeste da Inglaterra, anunciou nesta sexta-feira seu empresário Delroy Williams.

O cantor, de 64 anos, conhecido sobretudo por seu sucesso "Israelites", em 1969, sofreu um infarto na quinta-feira pela manhã. "Desmond Dekker foi a primeira lenda. Quando lançou "Israelites" ninguém tinha ouvido falar de Bob Marley. Ele abriu caminho para todos eles", disse Delroy Williams.

A estrela do reggae era o músico jamaicano mais famoso fora de seu país antes da ascensão de Bob Marley.

O cantor estava em plena turnê e tinha uma apresentação marcada para apróxima semana. Seu último show foi realizado no dia 11 de maio em Leeds, no norte da Inglaterra. Ele ainda iria passar por Praga no dia 2 de junho, antes de seguir para Suíça, Irlanda, Polônia, Bélgica e Londres.

Dekker era divorciado e pai de dois filhos.


Da France Presse
(Enviado a
Tu Casa Mi Casa por Ricardo "Chico" Pioli)

domingo, maio 28, 2006

Pára tudo! A volta dos Mutantes em Londres Merece


"Balada do Louco"



"Dia 36"



A banda


Confesso que eu era dos que temiam uma queimação de filme mundial do mito dos Mutantes. Arnaldo seqüelado desde a famosa queda da janela do hospital, Dinho que há quase duas décadas não tocava bateria, a ausência da Rita e os problemas de brigas internas no grupo. Tudo isso me dava a sensação de que as possibilidades do mico no dia 22 de maio de 2006, no Barbican Hall, eram grandes. Mas, graças ao Deus da psicodelia, estava enganado.

Foi exatamente o oposto. Os responsáveis pela reunião do grupo têm todos os méritos. Zélia Duncan apareceu como a “frontwoman” necessária. Mas se colocou no seu lugar de artista acompanhante naquele momento, repassando os agradecimentos sempre aos irmãos e deixando as vozes marcadamente mais agudas de Rita Lee para a backing vocal Esméria Bulgari.

Para ajudar Arnaldo, estava Henrique Peters num outro teclado. Para compensar os 20 anos de afastamento do Dinho, estava a vigorosa percussionista Simone Soul. Eles faziam parte da excelente banda completada pelo backing vocal Fábio Reco, Vinicius Junqueira, no baixo, e o multiinstrumentista Vitor Alexandre, tocando flauta, teclado, violão, guitarra e contrabaixo com arco.

O público fez sua parte ao receber esse bem montado conjunto de estímulos. Como falou a Nina, nós parecíamos tietes do New Kids on the Block chorando ao ver aquilo. Foi realmente emocionante o show, especialmente para quem idolatra o grupo e nunca imaginou que ia ter a oportunidade de ouvir aquelas musicas ao vivo, tocadas pelos irmãos Baptista. Ali, na hora, eu só pensava no meu irmão Cris e na sua galera, “Os Badís”, que me introduziram a esse som. Esses, sim, mereciam estar ali no meu lugar, pois viveram o legado dos Mutantes como se fossem um membro do grupo no seu auge.

Setlist:
1 - Don Quixote
2 - Technicolor
3 - Virgínia
4 - Cantor de Mambo
5 - El Justiciero
6 - Baby
7 - Desculpe Baby
8 - Top Top Top
9 - Dia 36
10 - Fuga nº11
11 - Le Premier Bonheur du Jour
12 - Dois Mil e Um
13 - Balada do Louco
14 - Bat Macumba
15 - Panis Et Circenses

sexta-feira, maio 19, 2006

Sentimentos de um Rubro-Negro Fã do Futebol Arte Barcelonês


Belleti: Brilhou a estrela com menos luz
Foto: jornal Sport (Espanha)


A vitória do Barcelona na Copa dos Campeões é uma contribuição ao futebol. Uma página na história do nosso querido esporte preenchida por quem valorizou a poesia no jogo. O time de um dos melhores artistas da bola de todos os tempos (precisa dizer quem é?). Mas que não trabalha só. Tem, dentro e fora de campo, um coletivo de profissionais de alta categoria, dando sangue e suor para que o conjunto se desenvolva e no fim caiam nas lágrimas como cairam.

Faz três e meio, me mudei para Barcelona, Espanha. Desde então as boas vibrações emanadas pela cidade e os craques brasileiros do time que leva o nome da cidade arrumaram facinho, facinho um lugar num carente coração rubro-negro (ex-carente, porque agora seremos BI encima do vasquinho). Sem roubar a importancia do Mengão na minha vida, acompanhar a trajetória do Fútbol Club Barcelona no seu ambiente, principalmente depois da chegada do Ronaldinho, fez nascer um novo Blau-Grana (azul-grena na língua nativa da terra, o catalão).

Com orgulho! Pela energia positiva vencedora que se criou no clube desde a eleição do atual presidente Joan Laporta – porque antes o time vinha mal. Mas sob nova direção, as contratações de jogadores se completaram entre si - em contraste com o jogo de marketing do então presidente Florentino Perez do eterno rival Real Madrid. O trabalho planejado, duro, longo e determinado de um grupo de atletas do mais alto nível técnico. E a coroação, agora, com segunda máxima conquista possível por um clube europeu, a Copa dos Campeões.

“Isso é a glória!”, gritava o presidente Laporta no final da partida. Sua emoção não é fruto apenas da conquista do campeonato. Se deve também à grande emoção da partida. Uma vitória num jogo sofrido. De virada! Com um gol que lhes foi erróneamente anulado na primeira metade do primeiro tempo. Quando Samuel Eto´o driblou o goleiro e foi derrubado pelo mesmo, a bola sobrou para o francês Ludovic Giuly que marcou, mas o juiz não deu lei da vantagem. Marcou falta fora da área, num lance que posiblemente foi dentro da área.

O Barcelona dominava claramente. Os ingleses, respeitando sua melhor qualidade futebolística, defendiam. 59% de posse de bola para os espanhois. Até que no minuto 37, depois de um cruzamento do excelente Thiery Henry, Sol Campbell mandou um cabeçaço indefensível para o goleiro Valdez. Um a zero, Arsenal.

No segundo tempo, o técnico Frank Rijkaard voltou com uma tática ofensiva arriscada, mas necesaria. Numa dessas. Henry esteve a ponto de marcar mais um para os Gunners (Bombardeiros, apelido para os que são do Arsenal). Até entrou em cena o jogador que havia entrado segundo tempo, o sueco Henrik Larsson. Dos seus pés sairam os gols que em nove minutos viraram o jogo e a sorte para o lado catalão. O primeiro de Eto´O. E o segundo por um dos mais fracos jogadores do time, o brasileiro Beletti. Ele, que raramente marca, hoje tinha se tornado herói. Nem ele acreditou! Faltavam só dez minutos regulamentares para se tornar realidade.

Apesar da correta partida realizada pelo Arsenal, as estrelas hoje trabalharam pelas suas homônimas barcelonenses. Talvez porque Ronaldinho seja merecidamente o sol do universo futebolístico hoje. Ou porque os astros da equipe viajam numa órbita harmônica. Cada um deles com luz própria. Mesmo que seja uma luz negra, como a do meteóro artilheiro Eto´O.


TÃO SIMPÁTICO QUE AGRADOU QUEM NÃO DEVIA

A equipe do barcelona joga bonito e sem más energias fruto de vaidades. Além disso vem de uma cidade que é sinônimo de diversão garantida – principalmente para quem vem de férias. Talvez tenha sido numa folga dessas, que nasceu o amor do bandeirinha norueguês Ole Hermann Borgan pelo time. Este senhor foi o protagonista de uma curiosa história que envolveu a final da Copa dos Campeões. Ele não pode conter a alegria de saber que tinha sido escalado para bandeirar a final. Se encheu de entusiasmo, colocou uma camisa do Barcelona e posou para as fotos! É claro que depois que o jornal da pequena cidade Drammen, perto da capital Oslo, publicou a foto, ele já não era auxiliar do jogo. Coitadinho, tão sincero e puro.



Foto: jornal Marca (Espanha)

quinta-feira, maio 18, 2006

Reapropriação da tecnologia objetivando uma transformação social


A idéia da metareciclagem surge da apropriação da tecnologia pelas comunidades como uma ferramenta de expressão, de produção simbólica, de efetivo domínio do saber-fazer e adaptação à realidade local.

Transformar sucatas, tecnologias supostamente ditas como obsoletas, em novos computadores, centros de estudos, laboratórios, e espaços autônomos de livre informaçao e prática de economia sustentável.

Há um mês atrás, um amigo meu, Geovany Varela – músico e metaReciclador me informou sobre um encontro que eles estavam organizando: o 1º encontro de metareciclagem do Distrito Federal.

Um dia pra trocar idéias, compartilhar experiências, e praticar a metareciclagem com o material tecnológico (sucata) trazidos pelos mesmos. O evento já aconteceu, mas o projeto continua.


http://www.midiatatica.org/ip/index.php?id=2,3,0,0,1,0

http://virgulaimagem.redezero.org/como-passar-da-reciclagem-a-metareciclagem/

http://www.colab.info/cgi-bin/mailman/listinfo/metarec